Dogmas Marianos



Vamos relembrar que Dogma é uma verdade imutável revelada por Deus transmitida aos homens através da ação do Espírito Santo, e sendo assim o homem compõe a Igreja moldando nossa fé.

A verdade a nós revelada através do Dogma, nos faz compreender o ensinamento do divino em seu próprio conceito, ou seja, doutores da igreja que se originou desde Pedro, estudam e conhecem toda a revelação compreendida através de anos garantindo-nos a infalibilidade pontifícia. Um dogma só pode ser decretado como verdade em relação à nossa fé por uma definição solene da Igreja pelo ensinamento de seu magistério ordinário.


Dogmas Marianos

Dogmas Marianos

Os dogmas Marianos se subdividem em quatro partes e comprovam a importância e a realeza de Maria como projeto de Salvação por meio de sua graça, servindo de luz e inspiração para a vida espiritual do cristão.

20- Dogma da Imaculada Conceição:
O dogma da Imaculada Conceição, foi instituído em 08 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX. Em sua Bula “Ineffabilis Deus”, o Pontífice declarou a doutrina que ensina ter sido Nossa Senhora imune de toda mancha de pecado original. O dogma afirma que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição foi, por singular Graça e Privilégio de Deus Onipotente, em previsão dos Méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original. Assim era preciso que a Mãe do Senhor, o Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança, fosse imaculada, assim como era intocável e feita do ouro mais puro a Arca da Antiga Aliança.

21- Virgindade Perpétua de Maria:
Conferindo as Sagradas Escrituras e os escritos dos Santos Padres, o Concílio de Latrão preconizou como verdade a Virgindade Perpétua de Maria, no ano 649. Esta doutrina da Virgindade Perpétua de Maria expressa a "real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito homem, sendo mantida assim por Deus até a sua gloriosa Assunção". Isso torna a concepção e nascimento de Jesus sendo um acontecimento extraordinário correspondendo a grandeza e glória maior de Deus, mantendo assim Maria sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος – aeiparthenos), mesmo antes, durante e depois do parto e isso a torna intacta e pura fazendo de Jesus seu único Filho.

22- Maria, Mãe de Deus:
Em 22 de junho de 431, o Concílio de Éfeso definiu explicitamente a maternidade divina de Nossa Senhora. A intenção do Concílio de Éfeso era a de afirmar a unidade da pessoa de Cristo. Reconhecer Maria como Mãe de Deus (“Theotokos”) no qual em outras palavras significa, professar que Cristo, filho da Virgem Santíssima segundo a geração humana, é Filho de Deus. O dogma então afirma Maria sendo virgem perpetua gerou a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce transcende esta natureza humana – O Filho de Maria é propriamente o Verbo Divino, encarnado em natureza humana –  Logo Maria, é então, verdadeiramente mãe de Deus, posto que Jesus, o Verbo, é Deus: Cristo, sendo inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, faz de Maria verdadeira mãe de Deus, por não haver separação entre as Naturezas humana e divina em Nosso Senhor e Salvador.

23- A Assunção de Maria:
A Assunção de Maria foi o último dogma a ser proclamado, por obra do Papa Pio XII em 1º de novembro de 1950. Segundo a Constituição Apostólica “Munificentíssimus Deus”, a Virgem Maria foi assunta ao Céu imediatamente após o fim de sua vida terrena; seu corpo não sofreu corrupção como sucederá com os homens e mulheres que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição. 
Tal dogma foi transmitido pela Tradição escrita e oral da Igreja. Não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está ali implícita. O fato histórico, segundo relatos dos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste, dá conta de que, na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha aproximadamente 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu ela ainda 25 anos na Terra, a educar e formar, por assim dizer, a recém formada Igreja, como outrora educara e protegera Deus Filho em sua infância. Sua missão neste mundo findara ao atingir em torno dos 72 anos de idade, conforme a opinião mais comum. Por essa magnífica assunção, Virgem Maria é a única estar no Céu em corpo e alma além do Nosso Senhor Jesus Cristo.
É importante saber da diferença dos acontecimentos entre Jesus e Maria, embora o feito sejam similares. Jesus voltou aos céus por ascensão, que significa se elevar ou subir por conta própria, com sua própria força e poder – Maria por sua vez foi elevada aos céus pela assunção, ou seja, Ela não subiu por sua própria força, mas sim pela ação Divina de Jesus sendo Deus.
Estas antigas tradições da Igreja sobre o Mistério da Assunção da Mãe de Deus podem ser encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.


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