Dogmas Sobre as Últimas Coisas (Escatologia)


Vamos relembrar que Dogma é uma verdade imutável revelada por Deus transmitida aos homens através da ação do Espírito Santo, e sendo assim o homem compõe a Igreja moldando nossa fé.

A verdade a nós revelada através do Dogma, nos faz compreender o ensinamento do divino em seu próprio conceito, ou seja, doutores da igreja que se originou desde Pedro, estudam e conhecem toda a revelação compreendida através de anos garantindo-nos a infalibilidade pontifícia. Um dogma só pode ser decretado como verdade em relação à nossa fé por uma definição solene da Igreja pelo ensinamento de seu magistério ordinário.


Dogmas Sobre as Últimas Coisas (Escatologia)

Dogmas Sobre as Últimas Coisas

38- A Morte e sua origem:
A morte na atual ordem de salvação, é consequência do pecado primitivo. A passagem bíblica da Queda (Gn 3) utiliza uma linguagem figurativa, mas atesta um acontecimento primordial, um fato que ocorreu no início da história do homem. A Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido livremente por nossos primeiros pais, trazendo como consequência a morte. Veja esta passagem: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6,23).

39- O Céu (Paraíso):
As almas dos justos, que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado, entram no Céu.

As bem-aventuranças estão no cerne da pregação de Jesus. Seu anúncio retoma as promessas feitas ao povo eleito desde Abraão. Jesus as completa, ordenando-as não mais simples bem-estar gozoso na terra, mas ao Reino dos Céus (C.27.14 - §1716). "Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus" (Mt 5,3-12a)
Na oração do Pai-Nosso, rezamos que Deus está nos Céus. Mas onde é esse Céu? A Igreja instrui que “essa expressão bíblica não significa um lugar – “o espaço”–, mas uma maneira de ser. Não o afastamento de Deus, mas Sua majestade. Nosso Pai não está “em outro lugar”, Ele está “para além de tudo” quanto possamos conceber a respeito de sua Santidade. Porque Ele é três vezes Santo, está bem próximo do coração humilde e contrito” (Catecismo da Igreja Católica 2794)

40- O Inferno:
As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno.
Deus nos fez livres para amá-lo ou para rejeitá-lo. Se o céu é representado como um estado de plenitude rica em gozos de felicidades onde todos vivem em comunhão perfeita entre si e com Deus, o inferno pode ser visto como solidão, divisão, sofrimento e ausência do amor que gera e mantém a vida, ou seja, é a separação total de Deus. Deve-se salientar que a vontade de Deus é a vida e não a morte de quem quer que seja, Jesus veio para salvar e não para condenar. No limite, Deus não condena ninguém ao inferno, somos nós mesmos que através de escolhas errôneas que nos auto excluímos de Deus para sempre. O Catecismo ainda nos alerta que, como não sabemos nem o dia nem a hora, vigiemos para não sermos pegos de surpresa, equiparados a servos maus e preguiçosos para os quais estão destinados ao fogo eterno (cf. CIC 1036).

41- O Purgatório:
As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao Purgatório. O Purgatório é estado de purificação para aqueles morrem na amizade de Deus mas que ainda há acertos que devem ser cobrados. 
Segundo São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro" (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (Dial. 41,3).

42- O Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo:
No fim do mundo, Cristo, rodeado de Majestade, virá de novo para julgar os homens.

43- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia:
Aos que creem em Jesus e se alimentam de seu Corpo e bebem de seu Sangue, Ele lhes promete a ressurreição para vida eterna de Paz e Plenitude.

44- O Juízo Universal:
O Cristo, Senhor e Salvador, depois de seu Retorno, julgará a todos os homens.
“A santíssima Igreja romana crê e confessa firmemente que no dia do Juízo todos os homens comparecerão com o seu próprio corpo diante do tribunal de Cristo para dar contas de seus próprios atos” (DS 859,1549). É diante de Cristo – que é a Verdade – que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus (Jo 12, 48). O Juízo Final há de revelar, até as últimas consequências por aqueles que fizeram o bem ou por aqueles que praticaram a iniquidade durante sua vida terrena.


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