Dogmas Sobre os Sacramentos

 

Vamos relembrar que Dogma é uma verdade imutável revelada por Deus transmitida aos homens através da ação do Espírito Santo, e sendo assim o homem compõe a Igreja moldando nossa fé.

A verdade a nós revelada através do Dogma, nos faz compreender o ensinamento do divino em seu próprio conceito, ou seja, doutores da igreja que se originou desde Pedro, estudam e conhecem toda a revelação compreendida através de anos garantindo-nos a infalibilidade pontifícia. Um dogma só pode ser decretado como verdade em relação à nossa fé por uma definição solene da Igreja pelo ensinamento de seu magistério ordinário.


Dogmas Sobre os Sacramentos


Dogmas Sobre os Sacramentos

29- O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo:

Conforme as Sagradas Escrituras está confirmado: "Jesus lhes disse: 'Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo'”.

Foi no domingo da Páscoa que os Apóstolos tornaram-se realmente cristãos; receberam a nova vida do Ressuscitado, foram transfigurados em Cristo nascendo então a Igreja: na Ressurreição! Ao ser batizada recebe o poder de batizar: “Como o Pai me enviou, assim eu vos envio (Jo 20, 21)!” Assim, a Igreja deve batizar todo aquele que crê. Isto significa acolher Jesus Ressuscitado nas águas do Batismo. A palavra “batizar” vem do grego e significa, literalmente, mergulhar, imergir. Mas não significa mergulhar na água, e sim a imersão no Espírito Santo de Deus, o Espírito prometido que ressuscitou Jesus! É isso que o Evangelho afirma: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3, 5). Mas atenção: da água, símbolo e sinal do Espírito, renascer do próprio Espírito! Os cristãos não batizam somente na água que purifica o corpo, e sim no Espírito que Jesus nos dá por sua Ressurreição.

30- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento:
Este Sacramento concede aos batizados a Fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo.
“A Confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o Sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada das obras.” (CIC §1316)

31- A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo:
Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo. Isso é verdade, quando que Cristo, que pode perdoar os pecados, deu à sua Igreja o poder de perdoá-los em seu Nome: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; aqueles aos quais os retiverdes (não perdoardes), serão retidos” (Jo 20, 22ss).

32- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação:
Basta indicar a culpa da consciência a sacerdote devidamente ordenado, mediante confissão secreta. Isso pode ser feito sem receio ou medo; “Dada a delicadeza desse ministério e o respeito devido às pessoas, todo confessor é obrigado, sem exceção alguma e sob penas muito severas, a guardar o sigilo sacramental, ou seja, segredo absoluto acerca dos pecados conhecidos na confissão.” (CIC §1467).
É necessário confessarmos os nossos pecados ao padre, pois ele é o ministro deste Sacramento.Jesus Cristo confiou o Ministério da Reconciliação aos seus Apóstolos, aos seus sucessores, os bispos, e aos presbíteros, seus colaboradores, os quais são instrumentos da Misericórdia e da Justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (CIC §1461-1466/1495).

33- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo:
Atestam as Sagradas Escrituras:
"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)

34- Cristo está Presente no Sacramento do Altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu Corpo e toda substância do vinho em seu Sangue:
Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo e experimentando fisicamente pão e vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

35- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo:
Segundo as Sagradas Escrituras:
“Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.” (Tg 5,14)
A Unção dos Enfermos é também um Sacramento de Reconciliação: mediante a oração e a unção com o óleo santo, feita pelo sacerdote, concede ao doente a Graça e o alívio espiritual, e muitas vezes também o conforto corporal. A Unção dos Enfermos concede a saúde da alma e, em muitos casos, também do corpo. “Com a sagrada Unção dos Enfermos e a oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor Sofredor e Glorificado, para que Ele os alivie e salve, e exorta-os a unirem-se livremente à Paixão e Morte de Cristo, e a contribuírem assim para o bem do Povo de Deus (CIC §1499).

36- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo:
Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos (Episcopado), Padres ou Presbíteros (Presbiterato) e Diáconos (Diaconato). As Sagradas Escrituras o atestam em Fl 1,1. O Sacramento da Ordem é conferido pela imposição das mãos do Bispo, seguida pela oração consecratória, na qual a Igreja suplica que o Pai derrame sobre o eleito o Espírito do Cristo Ressuscitado. Marcado pelo Espírito Santo para sempre, o ordenado recebe a graça de agir na Pessoa de Cristo. O Sacramento da Ordem não pode ser repetido. Não é privilégio, nem honra, nem um direito: é Graça de Deus para o serviço do Seu povo.
A Igreja conservou o termo “Ordem” porque, além de ser o costume, tinha respaldo na Sagrada Escritura: o próprio Senhor Jesus Cristo é chamado “Sacerdote Eterno segundo a Ordem de Melquisedec” (Sl 110, 4; Hb 5, 6; 7, 11).

37- O Matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento:
Cristo restaurou o Matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento
O Catecismo da Igreja Católica afirma o seguinte: “O pacto matrimonial pelo qual o homem e a mulher estabelecem entre eles a comunidade [comum unidade] por toda a vida, por sua própria natureza ordenado ao bem dos esposos  e à procriação e educação dos filhos, entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de Sacramento.” (CIC §1601)


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